Flutuas
Num mar de rosas...
Vida utópica a teu belo prazer,
Entre nuvens pomposas,
Sem nada temer.
Sentes uma brisa,
Que na cara suaviza.
Te imortaliza.
O inatingível nem é limitante.
Do tempo, uma constante.
Mas nem tudo é duradouro.
Abres os olhos!
Gritas mudo de agouro.
A brisa torna vento.
Começas a cair.
A ganhar consciência dos teus actos.
A entristecer de fatalidades.
Instância para rearranjo de prioridades.
Cais e magoas-te.
Contudo,
A pior dor não é a do impacto,
É quando vês quem antes caiu,
A tua base das prioridades,
Está farto de te ver flutuar...
E o tempo urge.
Hoje vislumbrei um quadro
De uma cidade a cores
E pareceu-me a preto e branco.
Cidadão que de um adro
Outrora lutava por valores,
Vê-se agora manco
Quadro nada mais que pó,
De céu cinzento.
Garganta que deu nó,
Do homem que perdeu o seu alento.
Ah...Olhar cintilante
Que do brio dessa cidade
Te perdes-te.
Da cidade deslumbrante,
Que aos olhos, tu ardes-te.
Olhar que secou...
Amar que amargurou...
Orgulho que definhou...
Virá agora alguém reconstruir-te.
Perdurarás por mais anos.
Já os olhos que tu seguis-te,
Não deixarão de ter danos...
Tu eras o sonho da minha sesta,
Da sesta que é a minha vida,
Mas se até o teu amor me falta
Já nada mais me presta.
Pois só o amor de Deus,
Só o amor de Deus me resta.
Oh! Meu pobre coração...
Meu pobre coração que já salta...
Devido à maldita tentação
De ver a minha vida em alta.
Senti que abandonei a ribalta
Desde que te perdi,
Porque o que me faz falta
É ter-te sempre a ti.
E neste poema dir-te-ei
Que muito já esperei
De te ver em meus braços protegida.
Pois já desesperei,
Por ti me desinteressei...
E só te esquecerei,
P'ra seguir um novo rumo na vida.
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