Sentado, sozinho, na escuridão,
Num quarto de paredes de saudade,
E num tempo de tristeza, da verdade,
De saber que não te tenho senão no coração...
E na mente, que se revolve incessante
Em memórias tuas que nunca se vão apagar
E que envolvem e aumentam a dor de pensar
Como seria, puderas tu ser aqui constante...
Os momentos que acontecem, espaçados
Seriam o nosso mundo actual e permanente
Se te pudesse ter, meu amor, sempre aqui
Assim, quedo-me com a saudade aqui fechado,
A imaginar-te comigo sempre presente...
Momentos especiais? Todos contigo. Nenhum sem ti.
O que fui já não tenho, já não sou
E olho para trás, e fico desolado
E vejo o que passou, as simples sobras do passado
Com simples ar de quem o teve e o matou...
Passeio lento por aquilo que restou
Daquilo que era antes e fico parado
A contemplar-me, em ruínas sentado
E feito do medo do tempo que passou
Porque mudei, e desfiz-me do que fui
Porque abri os olhos, os braços e respirei
Pela primeira vez o ar puro da verdade
Em que a memória de apaga e se diluí
E só fica o momento, o que sou e o que serei
E não o passado, nem a dor, nem a saudade.
. Blogs dos Autores
. Blogs de Pedro Leitão
. SemTido
. Blogs de Amor(Com)Bateador
. Blogs de Die Young