Corpo que se contém
A uma mente que pede mais
Dor que com o tempo vem
E clemente, a mente sente
A restrição pelo mais comum dos mortais
Mas que sois vós
Senão mais que uma imposição
De corpos com predisposição
Seguindo-te, meu miolo de noz.
E a quando a carcaça finda
Transcendes sem mágoa, sem relutância
Toldando os vagos sonhos ainda
De uma nova criança
Hoje vislumbrei um quadro
De uma cidade a cores
E pareceu-me a preto e branco.
Cidadão que de um adro
Outrora lutava por valores,
Vê-se agora manco
Quadro nada mais que pó,
De céu cinzento.
Garganta que deu nó,
Do homem que perdeu o seu alento.
Ah...Olhar cintilante
Que do brio dessa cidade
Te perdes-te.
Da cidade deslumbrante,
Que aos olhos, tu ardes-te.
Olhar que secou...
Amar que amargurou...
Orgulho que definhou...
Virá agora alguém reconstruir-te.
Perdurarás por mais anos.
Já os olhos que tu seguis-te,
Não deixarão de ter danos...
O que é que eu faria
Se sonhar me fosse negado?
Seria um desgraçado
De um pobre coitado
Que teria mendigado
Por uma vida sem vergonha...
Passaria andando
Nas malhas da maldade
Pois é a única realidade
De uma vida sem fantasia,
De uma vida sem verdade.
Mas mais conhecimento teria
E deixaria de ver o mundo
Pelos olhos de uma criança
Pois já alguém dizia
"Que quando
O Homem sonha,
O mundo pula e avança"
Mas sei lá no fundo
Seria uma vida sem esperança.
Por isso não vou por fim
Não pararei de sonhar,
Mas será que sonharei
Com arcanjos ou demonias?
Ao certo não sei,
Se calhar terei insónias,
Mas o futuro adivinhar
Isso, não depende de mim.
Mas não sonharei demasiado
Pois poderá ser mal-interpretado
Como sendo um preguisoso
E Por alguns serei invejado
Por muitos odiado
Mas não ficarei preocupado
Quanto mais medroso
Porque sei que nos meus sonhos
Serei sempre considerado
Um homem grandioso.
Mas para quê me preocupar
Com aquilo que sonhar
Amanha de madrogada
Nem me lembrarei de nada
Quanto mais da amada
Porque depois da alvorada
Tudo será esquecido,
E por Deus submetido
A um eterno esquecimento
Para meu mal, para meu lamento.
"Para mal dos meus pecados"
Sei que sonhar não custa
Mas o que me assusta
É não saber se quem amo
Comigo sonha
E a Deus aclamo
Para que me disponha
Os sonhos que me são renegados
Para que me dê esse conhecimento
Para por fim ao meu tormento.
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